O Brasil e as dificuldades de assumir a agenda dos ODS
9/6
Faltam 115 dias para 2/10. O vídeo sobre os ODS esclarece que a Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu que os 193 países signatários, inclusive o Brasil, assinassem a chamada Agenda Pós-2015, contemplando grandes objetivos mundiais. Para a UNICEF, os objetivos “representam um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.” =
Portanto, é razoável pensar que os projetos de desenvolvimento dos países signatários da Agenda terão alinhamento com essa agenda. No entanto, quando assistimos o vídeo do IPEA e da professora da UFMG, podemos perceber que os desafios são muito maiores do que assinar o plano global. O IPEA aposta na luta contra a baixa produtividade, portanto não traz uma direção para o país, e a professora da UFMG chama a atenção para o fato de que plano de desenvolvimento baseado em grandes projetos, como é dominante no Brasil, promove exclusão social e concentração de renda, o que está na contramão dos ODS
Para entender melhor as dificuldades que a agenda de desenvolvimento sustentável enfrenta por aqui, convido vocês a assistirem o vídeo de uma entrevista do Sérgio Abranches com a economista Elizabeth Borelli.
https://www.youtube.com/watch?v=zsCPpVST9bM
Podemos pensar que assim como foi dito para o desafio da superação da corrupção sistêmica, atingir os ODS, em qualquer país do mundo, vai exigir que parte considerável da sociedade, incluindo a elite política e a econômica, apoie de fato os compromissos feitos. Portanto, é urgente trazer esse tema para os debates dos candidatos a cargos eletivos, a fim de que os programas de governo contemplem os objetivos, e também pressionar a imprensa livre para uma boa cobertura a fim de que tenhamos acesso a informação de qualidade sobre a temática.